Tráfico de drogas & trabalho infantil é tema de debate em Piracicaba

Trazer um importante debate sobre o trabalho infantil no tráfico de drogas, foi o mote do encontro realizado nos dias 21 e 22 de agosto em Piracicaba.

A atividade promovida pelo Instituto Formar, Secretaria Municipal de Assistência Social (Smads), Prefeitura de Piracicaba, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, por meio da Comissão de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Trabalho Adolescente Irregular ofereceu a palestra “Tráfico de drogas & trabalho infantil: mercados, famílias e redes de proteção social”, proferida pela pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise de Planejamento (Cebrap), Ana Paula Galdeano, dentro do Programa de Erradicação Infantil (Peti), no auditório da Secretaria Municipal de Educação.

“Começamos as atividades de articulação das redes de saúde, educação, segurança pública e todos os atores que trabalham pela erradicação do trabalho infantil na cidade. Com essa palestra, queremos mostrar que o tráfico de drogas tem usado crianças e adolescentes para trabalhar”, explicou Karina Pina Dobri, assistente social do Peti.

Na oportunidade, a palestrante apresentou a pesquisa que virou um livro “Tráfico de drogas entre as piores formas de trabalho infantil, mercados, famílias e redes de proteção social”, onde acompanhou adolescentes em três regiões diferentes da cidade de São Paulo: Sé, Sapopemba e Vila Meirelles. “Nesse trabalho identificamos questões relacionadas ao trabalho no tráfico, que é uma das piores formas de trabalho infantil”, disse Ana Paula.

De acordo com a pesquisadora, o tráfico de drogas é a segunda maior causa de internação na Fundação Casa no Estado de São Paulo e é um tipo de trabalho infantil muito comum e tem sido tratado pelo Estado com medidas socioeducativas de internação ou de meio aberto. “A mensagem que eu quero deixar é que as autoridades públicas e os profissionais de rede de proteção social sejam sensibilizados para que encarem o tráfico de drogas como uma forma de trabalho infantil”, completa.

Os trabalhos que estão disponíveis para esses adolescentes são subalternos e, muitas vezes listados entre as piores formas de trabalho infantil. Foi identificado na pesquisa, que o adolescente que está no tráfico, já trabalhou em lava-rápido, com carga e descarga, entregando panfletos e em feira, por exemplo. “Esse ciclo de trajetórias não é alternativa. Alternativa é o que o Instituto Formar faz em trabalhar com profissionalização, com aprendizagem, com a lei do Aprendiz, é muito importante uma instituição que faça a ponte com o empresário”, pontuou Ana Paula. Ela ressaltou a forma correta de trabalho protegido, com qualificação profissional, no contraturno escolar, bem como a importância dos empresários e do poder público na mobilização em torno dessa questão.

 

Oficina

O evento proporcionou também a Oficina “Infância e as piores formas de trabalho infantil”, desenvolvida também pela cientista social Ana Paula Galdeano e pelo sociólogo, João de Aquino Neto.

Na oficina houve dinâmica com os participantes, além de filme sobre a importância das brincadeiras e lazer na infância, além de bate-papos e debates sobre o trabalho infantil no tráfico de drogas.

Apoio cultural: Café Morro Grande, Criar – Língua Portuguesa e Redação, Restaurate Villa Saldanha e Unimed Piracicaba.

 

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